Relato da minha primeira vez no Rock in Rio
Confira os perrengues da minha primeira vez no Rock in Rio. Espero te prevenir para que você não cometa os mesmos erros que eu e possa vivenciar plenamente o festival.
8/26/20248 min read
Neste artigo vou compartilhar com você a minha primeira e catastrófica experiência no Rock in Rio. Para te tranquilizar, eu não me arrependo de forma alguma ter ido ao festival e espero ir mais vezes, mas escrevi esse texto para que você não enfrente os mesmos problemas que eu.
Lembrando que aqui no blog eu busco escrever artigos para informar e trazer dicas, mas também, gosto de contar as minhas histórias e experiências para te inspirar a curtir essa vida louca também.
Os preparativos
Para “começar do começo”, meu primeiro Rock in Rio foi o de 2022, e eu não fazia ideia da loucura que é para comprar os ingressos e que dependendo da line-up eles esgotam muito rápido.
Como deve imaginar, eu não me informei ou pesquisei sobre o Rock in Rio como deveria, e acabei não conseguindo comprar a primeira e nem a segunda opção de line-up que eu queria (Coldplay e Justin Bieber), pois acabaram em minutos.
Ainda assim, consegui ingressos para a line-up que tinha Post Malone como artista principal, que também sou muito fã. Para não passar o mesmo apuro que eu e escolher o dia do(s) seu(s) ingressos com tranquilidade, confira o artigo com todas as dicas necessárias clicando aqui.
Seguindo os preparativos, é bom ressaltar que eu comprei os ingressos em março e o show era em setembro, ou seja, tempo suficiente para se preparar, viajar sem estresse e apenas curtir o momento, certo?
Claro, mas eu como bom procrastinador, resolvi deixar para ver tudo faltando um mês para o festival. Então meu conselho é, logo que você conseguir os ingressos, já comece a se planejar.
Mesmo na correria, consegui comprar passagem de busão e achar um lugar para dormir. Mas um detalhe importante que ainda não mencionei, é que tinha planejado essa viagem com uma pessoa, e faltando uma semana para o Rock in Rio, com tudo resolvido, a pessoa que iria comigo desistiu.
Eu pensei comigo mesmo, “agora fedeu”, nunca tinha viajado sozinho e estava com um cagaço de me perder em outro estado. Por sorte, aos “45 minutos do segundo tempo” encontrei alguém para ir comigo, meu primo, e agora poderia seguir viagem tranquilo, sem mais preocupações…
Partiu Errejota (Rio de Janeiro)
Lá estava eu, feliz e faceiro pegando o ônibus rumo a alegria, a magia e o encanto da Cidade do Rock, mas foi então que minha jornada dava o segundo sinal de que seria um verdadeiro teste de sanidade.
Como deixei tudo para última hora, as passagens de avião já não eram tão viáveis devido aos valores. Decidi então ir de ônibus, e por mais que eu não tivesse frescura e já estava acostumado a viajar de busão, eu aprenderia da pior maneira que muitas vezes o barato sai caro.
O ônibus estava programado para sair de Curitiba - PR às 21:00 da noite de sexta-feira (02/09) com previsão de chegada às 10:00 da manhã do sábado (03/09), dia da line-up que eu havia comprado o ingresso. Como eu trabalhava em uma empresa na época, não consegui uma folga e tive que viajar de madrugada.
O plano era chegar ao Rio de Janeiro, ir para o hotel que ficava a vinte minutos da rodoviária, comer, guardar as coisas com tranquilidade e partir para o festival que abria os portões às 14:00 horas. E a partida foi tranquila, saímos no horário previsto e estava tudo nos conformes.
Porém, depois de pouco mais de uma hora que seguimos viagem, paramos em um engarrafamento. Ainda estava tranquilo, nos meus cálculos a gente tinha tempo sobrando e daria para chegar no Rio mesmo que demorasse um pouco no engarrafamento.
Mas a vida pode nos pregar peças e aquele não foi um simples engarrafamento. Parece piada, mas chegamos a ficar parados por mais de 4 horas no mesmo lugar, sem falar na lentidão do trânsito nas horas seguintes. Então lembre-se, tem dia que é noite, e não tem nada que a gente possa fazer.
Durante o tempo parado, pensei em diversas coisas, voltar pra casa e vender os ingressos, ir de a pé para o Rio de Janeiro, etc. Foram muitos pensamentos, mas no final, eu simplesmente deixei a vida me levar e ver o que eu poderia aprender com essa viagem.
Chegamos às cinco horas da tarde no Rio de Janeiro, lembrando que a previsão era dez da manhã. Mesmo com todo esse atraso, tentei manter o pensamento positivo (mesmo estando put#) e como o show do Post Malone começava meia-noite ainda estávamos felizes de certa forma.
Saímos rápido do ônibus e já começamos a chamar um uber para o hotel e nenhum aceitava. Mas antes de continuar, preciso falar da minha primeira impressão ao chegar no Rio e viajar “sozinho” pela primeira vez.
Primeiras horas no Rio de Janeiro
Ao chegar na rodoviária do Rio de Janeiro, já estava meio em choque, foi minha primeira viagem independente, sem um adulto responsável para fazer as coisas por mim. Mesmo que eu já fosse adulto, não posso dizer que era responsável.
Se você já conhece Curitiba (cidade onde eu nasci), sabe que apesar de ser uma cidade grande, não chega nem perto do fluxo que existe em cidades como o Rio de Janeiro.
Quando cheguei achei tudo muito caótico, desorganizado e barulhento comparado a realidade em que eu cresci. Não vou mentir, me deu um pouco de medo, pois a gente é programado pelos noticiários e pelo que vê na mídia a criar um estereótipo do lugar, mesmo sem nunca ter estado lá.
Mas como no mundo todo, nenhum lugar é perfeito, e com o tempo você respira e começa a observar que existem coisas que talvez não te agradem, mas também outras que podem te encantar.
Essa é a beleza de viajar, viver novas experiências, conhecer novas pessoas e lugares. Por mais que possamos ficar inseguros, toda essa mistura de sensações é o que nos faz sentir vivos.
Voltando para a história, já que nenhum uber aceitava a corrida, decidimos no desespero pegar um táxi, que queria cobrar R$70 no mesmo trajeto que o uber faria por R$20. Por sorte, um uber aceitou nossa corrida segundos antes de entrarmos no táxi, que como você deve imaginar não ficou nem um pouco feliz com isso.
Assim como em qualquer outro lugar, existem pessoas boas que vão estender a mão para te ajudar, mas também existem pessoas que vão perceber sua inocência e vão tentar se aproveitar disso. Acredito que a maioria das pessoas são boas, mas é sempre importante estar ligado.
Finalmente pegamos o uber e fomos para o hotel, o problema é que o aplicativo não avisou que além de simpática, a motorista era parente do Dominic Toretto e parecia que estávamos em uma cena de Velozes e Furiosos 5.
Check-in no Hotel e trajeto até o Rock in Rio
Mesmo contra todas as probabilidades, chegamos ao hotel com muitas horas de atraso…
Mas antes de completar o check-in e te contar como foi a ida até o festival, preste atenção nos três parágrafos a seguir, eles são fundamentais para que você entenda o desenrolar dessa história.
Para ir ao Rock in Rio eu havia comprado passaportes do transporte oficial do evento, o famoso “Primeira Classe”. Esse transporte funciona com ônibus que saem de vários pontos de embarque pela cidade e te levam até um acesso exclusivo dentro da Cidade do Rock.
No entanto, o Primeira Classe funciona com os horários de embarque previamente estabelecidos no momento da compra dos passaportes, e o nosso horário de embarque era às 12:30, e como já sabe, chegamos no Rio de Janeiro às 17:00.
Outro ponto importante, é que além do horário, você deve definir também no momento da compra do seu passaporte, em qual dos pontos disponíveis pela cidade você irá embarcar. E eu tinha escolhido embarcar na própria rodoviária, sendo o plano original chegar no hotel, realizar o check-in, se arrumar, comer alguma coisa e voltar para a rodoviária pegar o Primeira Classe até o Rock in Rio, deu para entender a lógica?
Agora, voltando onde havíamos parado na história, eu fiz reservas no hotel Ibis Budget, que fica dentro do Shopping Nova América, e dentre os motivos dessa escolha, eu levei em conta principalmente as avaliações e por ele ser relativamente próximo do Terminal Rodoviária Novo Rio.
Mas logo que chegamos ao hotel nos deparamos com um desses ônibus (Primeira Classe) estacionado de frente com a porta de entrada. E sim, um dos pontos de embarque do transporte era justamente o hotel em que estávamos hospedados e eu simplesmente não vi isso na hora de comprar os passaportes.
Como mencionei anteriormente no texto, eu acredito que ainda existem pessoas boas no mundo e você já vai entender o porquê. Assim que eu vi o transporte do evento na frente do hotel fui na equipe responsável e contei toda a história da viagem, do atraso, do engarrafamento e que havíamos perdido nosso embarque.
Eles se sensibilizaram, e falaram que poderíamos ir com eles, mas que o ônibus partiria em poucos minutos e que teríamos que agilizar. Nisso corremos para fazer o check-in e o recepcionista liberou o quarto para que meu primo subisse com as malas e já fosse se arrumando enquanto eu resolvia as questões da hospedagem.
Dito isso, corremos para nos arrumar e finalmente conseguimos ir ao festival. Vale mencionar que cada passaporte do Primeira Classe custa mais de cem reais, então além de perder o embarque, perderia dinheiro e ainda teria que pagar algum outro meio de transporte até o Rock in Rio.
Com tudo que aconteceu, posso falar que a ida e volta do festival foi incrível, pois o transporte nos deixou na porta do hotel, o que dá muita segurança, principalmente em uma cidade que você não conhece e com o evento terminando de madrugada.
Para saber mais sobre esse transporte e ainda receber dicas para se preparar para sua primeira vez no festival, confira o Guia Definitivo para ir ao Rock in Rio aqui no blog.
Finalmente dentro do Rock in Rio
Chegamos em uma entrada exclusiva para quem vai com o Primeira Classe, que oferece muito mais conforto e facilidade no acesso ao festival. E os palcos, a estrutura e a quantidade de gente impressionam demais, é literalmente coisa de outro mundo.
Tenho que admitir que, apesar de tudo, foi incrível. O palco principal no dia que eu fui teve Jason Derulo, Marshmallow e Post Malone, este último eu já era fã, mas depois do show eu fiquei alucinado com a entrega dele no palco.
Definitivamente, pude experienciar um dos melhores shows da minha vida, ele incendiou a platéia, mesmo debaixo de muita chuva. Por falar em chuva, confira a previsão do tempo no dia da sua line-up.
A volta para o hotel como já disse foi bem tranquila, mas eu sofri mesmo com o frio, pois não tinha levado nenhuma blusa e tomei um banho de chuva no último show. Então é sempre bom estar atento a detalhes como esses na sua vez.
Apesar de ter perdido muitos shows e experiências do festival por chegar tão atrasado, quando tudo terminou, eu estava voltando pra casa e pensei, talvez todas as dificuldades fizeram do momento ainda mais especial.
Não me arrependo nem por um segundo, mesmo com todos os perrengues. E posso falar para quem chegou até o final dessa história, que se você tiver a oportunidade, vá.
Esta foi a minha primeira experiência no Rock in Rio, e com tantas pessoas por dia no evento, imagine a quantidade de histórias incríveis e loucas como essa devem existir espalhadas por aí. Eu realmente espero ir mais vezes, só que mais preparado e organizado dessa vez.
Obrigado por ler até o final, se você tem alguma história como essa, compartilhe no rodapé e não deixe de ver os outros artigos aqui do blog.
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